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O “Quarto Azul Infinito” é um refúgio sublime e personalizado para um jovem dotado de uma sensibilidade autista. Este espaço, à primeira vista, oculta suas sutilezas, mas revela-se uma obra-prima em detalhes cuidadosamente orquestrados para nutrir o florescimento deste jovem. No cerne desse santuário, encontramos o hiperfoco apaixonado do mesmo pela arte, que ganha palco através da escultura do renomado artista Rapha Preto, a qual dança em harmonia com o espaço e as obras dos jovens artistas autistas guiados e inspirados por ele. É juntamente com esses talentos que o poema de Ivens Cuiabano Scaff encontra seu refúgio poético.
O quarto se veste com paletas suaves e texturas diversas, um convite ao toque e à exploração tátil. A iluminação é uma sinfonia de sombras e luminosidades, moldando uma experiência visual inspiradora. Uma poltrona de autorregulagem, assinada pelas arquitetas, próxima a uma “janela tensionada” que se assemelha a uma obra-prima, é um convite ao mergulho no mundo da contemplação e do autodescobrimento.
A estante de hiperfoco, repleta de livros de arte e esculturas, celebra a paixão do jovem. A madeira abraça o espaço, conferindo calor e aconchego. A cama ilha convida a uma jornada diária, um ponto de partida para cada aventura. Portas de armário com espelhos convidam à exploração e à autoconsciência. O quadro do dia a dia e mesa de atividades, também desenvolvidos com carinho pelas arquitetas, são faróis de inspiração e criatividade em direção ao desenvolvimento.
Sob o jovem autista, um piso de madeira o guia, enquanto tapetes sobrepostos o conduzem, como sonhos a se desenrolar. Paredes revestidas com revestimentos em peças singulares de mármore revelam uma suave dança enquanto o papel de parede envolve e conforta as demais paredes.
Este espaço, mais que um quarto, é uma prece à arquitetura que escuta, que acolhe necessidades e celebra a vida, possibilitando a criação de momentos únicos. E, acima de tudo, uma ode à arte, cujo papel transcende os limites do autismo, tocando os corações de todos.